Uma regra que recomendo memorização: literatura é condensação. Ou, para melhor explicar, fique sempre com a essência, procure dar à frase o máximo de sentido com o mínimo de palavras. Portanto, DEVE CAIR FORA TUDO O QUE NÃO FOR ESTRITAMENTE NECESSÁRIO. Literatura é isso, e não apenas acúmulo de palavras.
Um dos pontos de melhora que recomendo, não por luxo meu, mas porque pode ser encontrado, inclusive, em qualquer gramáticas de qualidade, é o não uso do pronome possessivo quando na frase, sem ele, já se denota posse. Exemplifico:
Joana acordou cedo, tirou o seu carro da garagem e saiu para cortar o seu cabelo.
Ora, se a posse já está indicada semanticamente, não há necessidade de repetição. Então:
Joana acordou cedo, tirou o carro da garagem e saiu para cortar o cabelo.
Perceba como ficou bem mais limpo o período. Mais um exemplo:
Cristina remexeu na bolsa dela, balançou as suas pernas.
Retirando-se os possessivos.
Cristina remexeu na bolsa, balançou as pernas.
Importante perceber como pequenos detalhes dão ganho à frase e, consequentemente, à narrativa em geral.
Portanto, aí vai a dica: antes de nomes que indicam partes do corpo, peças de vestuário ou pertences pessoais dispensa-se o possessivo quando o possuidor e o possuído coincidem.
Como teste, tentar melhorar a frase abaixo.
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