terça-feira, 4 de setembro de 2012

A pizza ruim de português

Indicada por um amigo, entrei na internet e fiz o pedido. Tudo como uma pizzaria deve ser: opção variada de sabores, qualidade compatível com o preço, atendimento rápido, pagamento em maquininha que trouxeram até minha residência, massa de qualidade, cobertura farta e saborosa.

Tudo caminhava bem, até o momento em que ao trazer à boca um pedaço da especial de abobrinha, eu olhei para a caixa e percebi uma informação ao consumidor sobre o horário de funcionamento, em que literalmente se lia:

Aberto de Segunda a
Segunda, de 12 às 00hs


Bom, ocorre que em tão curta mensagem existe um daqueles joguinhos dos 7 erros. Vamos encontrá-los?!



Em português, quando não iniciando período, os dias da semana e os meses devem ser escritos com letras minúsculas. Para quem estuda inglês, relembro, eles escrevem os meses e os dias de semana iniciando com maiúsculas, porém, em português, minúsculas sempre. Portanto: "Aberto de segunda a segunda".

A outra questão é sobre a grafia das horas, porém, já postei aqui mesmo no blog artigo a esse respeito, e sobre as unidades de medida em geral. Portanto, vou retomar o tema por cima, quem quiser saber mais, clique em http://marciocallegaro.blogspot.com.br/2012/03/como-escrever-as-horas-e-os-minutos.html. As unidades de medidas NÃO LEVAM "S" NO PLURAL, portanto: 3h, 9h, 12h, 23h etc.

Igualmente, no caso de zero hora, é 0h mesmo, não precisa repetir o zero, não existe valor para o zero a esquerda, assim como as pessoas grafam indevidamente os dias  02, 05, 08 etc. Não há necessidade. Por exemplo 2 de fevereiro e não 02 de fevereiro. Inclusive, as gramáticas e os manuais de redação (como a da Presidência da República) assim o indicam.

Outro problema que pouca gente se atenta é o seguinte: 24h e 0h, tecnicamente, é o mesmo exato momento (meia-noite).  Vou dar um exemplo real, e que me confundiu muito quando adolescente. Na minha certidão de nascimento diz que eu nasci às 24h do dia 12 de julho. Ora bolas, eu nasci de 11 para 12 ou eu nasci de 12 para 13?

Então, a gente grafa assim: quando se quer destacar a hora em que tal dia se inicia, grafa-se 0h; quando se quer destacar a hora em que tal dia termina, grafa-se 24h. Portanto, o dia 12 de julho começa às 0h e termina às 24h. Entendeu? Portanto, eu nasci na passagem de 12 para 13 de julho.

É simples, mas a mente da gente dificilmente se atenta para o fato, por isso se confunde - como se atrapalhou quem redigiu tal informação na caixa da pizza.

Então, o estabelecimento comercial fica aberto das 12 às 24h, porque o tempo vai para "a frente" e não volta "para trás".


O outro problema é uma situação de crase que pouca gente conhece (atenção concurseiros), e que vou começar explicando que crase é o encontro do "a" artigo com o "a" preposição, logo, precisa haver esses dois "as" para que a crase exista. Até aí, nenhuma novidade.

"Da", é a junção da preposição "de" mais o artigo "a". Portando, quando escrevemos "de", não existe o artigo; quando escrevemos "da", existe o artigo aí embutido.

Por consequência, se você escreve "de 12h as 24h", não se leva a crase porque, por paralelismo, se você não usou o artigo junto à preposição, também não deve usá-lo no restante da expressão. Então, não existe mais o encontro dos dois "as" e não deve haver crase. O  inverso é igualmente verdadeiro: "das 12h às 24h", porque você usou o artigo no primeiro termo, então, vai usar também no segundo, acarretando o encontro dos dois "as", portanto, crase.

Ainda tem dúvida? É fácil, basta seguir a regra de ouro da crase (que tudo mundo já aprendeu na escola): troque a palavra feminina por uma masculina e veja se aparece "ao" (preposição + artigo masculino). Uma palavra qualquer, não precisa ser necessariamente sinônimo ou, como em nosso caso, não precisa ser número. Vou inverter as horas para o leitor notar melhor: meio-dia é masculino (o meio-dia) e meia-noite é feminino (a meia-noite).

De meia-noite a meio-dia (não apareceu ao)

Da meia-noite ao meio-dia (apareceu o ao, logo, crase)

Paralelismo gramatical significa, em nosso caso, se você usou determinada estrutura no primeiro termo  de uma expressão, por paralelismo, deve repetir no segundo termo para dar coerência. Funciona assim também para as orações. Quem tiver dúvida, sugiro procurar em sua gramática ou jogar no Google.

Portanto, para os dizeres da caixa de pizza, o correto seria:

Aberto de segunda a
segunda, de 12h a 24h


ou

Aberto de segunda a 
segunda, das 12h às 24h


Opto pela segunda, porque soa melhor: "das doze horas às vinte e quatro horas" ou, melhor ainda, a gente interpreta direto, "do meio-dia à meia-noite".

E a postagem de hoje, amigos, certamente acaba em pizza.




domingo, 12 de agosto de 2012

Aprender a escrever a partir da leitura

O assunto que abordo hoje considero simples, porém, de fundamental importância porque podemos aprender (e muito) a escrever partindo-se daquilo que se lê. Porém, em nossa prática diária, pouco sabemos ou aproveitamos desse fato, até por desconhecermos alguns princípios básicos.

Gostaria de iniciar dizendo que cada leitor é um leitor diferente, porque cada um tem diferente conhecimento de mundo dentro de si, também, diferentes interesses ou envolvimentos com a leitura. Porém, em termos didáticos, costuma-se dizer que a leitura possui três níveis básicos de configuração: sensorial, emocional e racional.


Sensorial é o primeiro contato com o livro, a decodificação de palavras (tinta preta sobre o papel branco) quando usamos a visão, o tato, a audição etc. tanto para o livro físico quanto para as palavras decodificadas. Emocional é o seu envolvimento com a narrativa, com as personagens, com a situação; é o rir ou chorar, a viagem literária (ir com o texto). Racional é quando, passados os níveis anteriores, o leitor toma o texto como base para reflexão, seja ela social, literária ou de que natureza for. Em outras palavras, passado o envolvimento emocional com o texto, aplica-se a frieza do raciocínio para melhor compreender os elementos que nele atuam, e dessas avaliações busca-se tirar algum proveito.

Evidentemente existe interação entre os diversos níveis de leitura, eles não são tão separados assim, porém, é certo, somente a releitura permite uma análise mais racional, pois, passado o impacto inicial, estamos mais à vontade para racionalizar sobre o texto. E podemos agora fazê-lo de acordo com o interesse específico do momento de modo que novos conhecimentos e estruturas sejam absorvidos a cada releitura, verificar como cada peça é encaixada. Vou exemplificar.


Suponhamos que você, leitor-escritor, se interesse pela escrita de Machado de Assis, que o tenha como modelo e que deseje absorver um tanto de suas técnicas de escrita, seja dos contos, crônicas ou romances. Primeiro, selecione o texto desejado (o todo, capítulo ou trecho); depois, leia-o de forma desinteressada, de forma lúdica mesmo, isto é, envolvendo-se com a história, deixando-se levar, rindo e/ou se emocionando com as respectivas passagens.

Assim feito, releia o texto, porém, desta vez, decodificando os elementos da narrativa: tempo, espaço, personagens, conflitos, complicações, peripécias etc.; faça anotações. Já nesta leitura, o texto começa a tomar outra forma, você começa a vê-lo com outros olhos. Agora, faça nova releitura e verifique como o autor realiza as descrições, quais substantivos usa; quando usa, ou não, os adjetivos; opta por frases curtas? longas? coordenadas ou subordinadas? Quais os verbos que mais utiliza para a narração? Faz uso de quais verbos dicendi? Quem é o narrador? Narra no pretérito, no presente? E por aí vai.

Depois, nova leitura, verifique as figuras de linguagens, as metáforas, as símiles, as antíteses, as personificações etc. E perceba como uma narrativa se desenvolve em cena (passagens narradas em  detalhes) e sumário (cortes bruscos com passagens longas de tempo, sem detalhamento); perceba como o texto se desenvolve de modo a prender emocionalmente o leitor em seus braços.

Portanto, para se compreender racionalmente um texto de modo a dele tirar proveito em termos de aprendizado de escrita, devemos "descascá-lo" com a uma cebola, camada após camada, buscando a sua essência, indo em direção ao seu âmago.



O leitor-escritor que assim o fizer, certamente, dará saltos notáveis em sua escrita, principalmente identificando entre os clássicos aqueles com mais se identifica. E não se preocupe que isso seja uma "espécie de plágio", porque a voz interna de cada escritor é única. Portanto, trata-se apenas de excelente aprendizado porque nada do que escrevemos é realmente nosso, mas estamos inseridos num contexto histórico-social do qual não fugimos e toda escrita se mantém por meio da tradição, do dialogismo, porém, sobre esse assunto já escrevi um  outro artigo que se encontra postado aqui no blog.

Abraço, faça detalhadas releituras e boa viagem com sua escrita.


terça-feira, 10 de julho de 2012

"O Menino da Porteira" e coloquialismo

Ando estudando um tanto sobre música e, sem sombra de dúvida, dentro do cancioneiro popular de nosso país, posso afirmar que "O Menino da Porteira" é um clássico, talvez, a nossa música de raiz mais conhecida e tocada. Já foi gravada por grande número de duplas sertanejas e cantores, como Tonico e Tinoco, Sérgio Reis ou, mais recentemente, pelo cantor Daniel (existindo, que eu saiba, dois filmes criados a partir da música). Porém, gostaria de dar crédito a seus compositores: Luizinho e Teddy Vieira (já falecidos). Pelo que pude descobrir, a primeira gravação foi feita por um de seus autores, que pertencia à dupla Luizinho e Limeira.


Quem não conhecer, ou não se lembrar da música, posto aí embaixo uma gravação da Cultura, lá pelos idos  de 1980, com a dupla Luizinho e Limeira.


Porém, o assunto aqui é outro. Esta música, em minha opinião, contém algumas curiosidades como trechos em discurso direito, o que é incomum em letra de música. Explico melhor. Dificilmente coloca-se a fala da personagem diretamente numa letra de música, porém, neste caso, por se tratar literalmente de uma narrativa, uma história do interior sendo contada ao ouvinte, os autores assim o fizeram. Vejamos, por exemplo, como o próprio menino se expressa na gravação original:

"Toque o berrante, seu moço, que é pra mim ficar ouvindo".

ou

"Obrigado, boiadeiro, que Deus vai lhe acompanhando".

Ou mesmo adiante na música, quando a mãe do menino fala:

"Boiadeiro, veio tarde, veja a cruz no estradão / Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração".

Se o leitor tiver curiosidade em ouvir alguma das gravações mais recentes, as duas falas do menino foram corrigidas quanto a sua linguagem popular.

"Toque o berrante seu moço, que é pra eu ficar ouvindo".

ou

"Obrigado, boiadeiro, que Deus lhe acompanhando".

Coloco aí embaixo a gravação com o Sérgio Reis, mas poderia ser outra, como a do Daniel, por exemplo, e, novamente, a modificação pode ser observada.


Não quero aqui neste momento me estender sobre aspectos da gramática normativa, até porque as duas alterações efetuadas dão maior apuro à letra, porém, pergunto: seria esta mesmo a fala de um menino do interior, no meio de uma fazenda, ainda mais lá na década de 50?

Os autores, no original, ao escreverem a música, captaram todo o ar interiorano, seus aspectos mais puros, assim como Guimarães Rosa ou Graciliano Ramos, por exemplo, introduzem elementos de coloquialismo no discurso direto das personasgens. Óbvio que, na narrativa, ao serem descritas as situações, procura-se manter o apuro da língua, porém, o mesmo não se faz necessário quando dentro do discurso direto, ou seja, da transcrição direta da fala da personagem, principalmente das camadas mais populares.

Deixo ao leitor a escolha de qual seria a melhor forma de se cantar esta música: com a fala típica do menino interiorano ou do português da norma culta (o politicamente correto). E, para quem não conhece, posto aí embaixo a foto do monumento erguido em Ouro Fino (MG) em homenagem a "O Menino da Porteira".



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ela voltou, a sacolinha voltou novamente...

Bom, pessoal, quem olhar nas postagens passadas irá encontrar dois artigos sobre as sacolinhas plásticas e, por mais uma vez, achei por bem retomar o assunto. O motivo é simples, além da abertura da Rio+20, o Conselho Superior do Ministério Público (MP) publicou exatamente hoje decisão de que os supermercados não devem repassar ao consumidor o ônus de ter de arcar com a proteção do meio ambiente, ou seja, os lojistas vão ter de encontrar alguma alternativa e não simplesmente cobrar pelas sacolas. Nesta decisão, os promotores afirmam que os supermercados ficaram livres do custo de fornecimentos das ditas cujas, passando a cobrar por embalagens reutilizáveis, porém, sem deduzir os gastos que tinham dos preços dos produtos. Dito e feito: igualzinho ao que comentei aqui no blog.


Fico feliz porque é mais uma falácia que foi e está sendo contestada, o consumidor se uniu, gritou, esbravejou e alguma ação foi tomada. No geral, o brasileiro está deveras cansado de levar a pior ou de lhe ser repassado os custos da nossa ineficiência.

Do meu lado, vou continuar levando meu carrinho às compras, não fazendo uso das benditas sacolinhas, porém,  jogando o lixo em sacos plásticos mesmo, quem puder me informar algum meio alternativo e prático, por favor, me fala. E vou continuar aguardando novas medidas para preservação do meio ambiente, principalmente a coleta seletiva de lixo aqui no Boqueirão de Santos, além de outros bairros. No Gonzaga, já vi os novos coletores de lixo (como grandes carrinhos), em duas cores, abóbora e verde, reciclável e orgânico, agora, só falta atravessar o Canal 3. O futuro está no desenvolvimento sustentável e na reciclagem.

Acho que é isso, apesar de não ser fã das sacolinhas, de saber que plástico é poluente, que demora para se degradar, não adianta vir com conversa fiada para cima da gente que o pessoal chia mesmo. E muito.

Acho que era isso. Parabéns ao MP e abraço a todos.


sexta-feira, 8 de junho de 2012

"Auld Lang Syne" ou, se preferir, "Farewell Waltz"


Durante um bom tempo mantive uma assinatura no final dos meus e-mails, de autoria própria, que era a seguinte: "Faço arte porque sou teimoso". Recordo-me de um ou dois amigos comentarem o fato e sugerirem algum remendo ideológico (algo como se a arte fosse superior a questões econômicas ou mesmo àquelas do nosso dia a dia).

O que talvez me difira das pessoas com quem convivo diariamente, e que lidam com arte (sem que este "diferir" tenha qualquer sentido de superioridade), é que tive formação anterior em Marketing e trabalhei por longos anos como Gerente de Produto em grandes empresas do varejo, as maiores do mercado. Portanto, vivia do resultado mensal, isto é, um número enorme de pessoas dependia daquilo que meu setor conseguisse desempenhar, muitas vezes, o próprio resultado comercial da empresa. E a pressão, evidentemente, não era pouca, a ponto de ter tido úlcera aos 28 anos e, aos 35, ficar internado por 4 dias no Hospital Samaritano, em São Paulo, a fim de fazer uma bateria absurdamente grande de exames.


Tudo isso fez com que, ao longo dos anos, eu desenvolvesse um pensamento de que seu trabalho precisa necessariamente obter resultado, e o resultado, geralmente, é medido pelo retorno econômico que ele possa dar. Porém, ainda assim, considero que certas conquistas, principalmente aquelas de cunho pessoal, ainda que não resultem retorno econômico, possam ser consideradas grandes conquistas, conquanto improdutivas economicamente. Aliás, não medir meu desempenho ou meu resultado de vida por meio do quanto recebo de retorno econômico sempre foi, no passado, minha tônica de vida. Porém, desde 1997, mudei bastante essa forma de pensar.

Quando vim para Santos, aliás um dos principais motivos para a decisão de morar aqui, foi o investimento no segmento da arte. Para tanto, optei em sair do varejo, reduzir meu ganho profissional (recusando trabalhos em cidades outras do Brasil) para atuar na área pública, ainda que ganhando nominalmente um terço do ganhava antes (isso mesmo, acredite se quiser, mas é fato). Inicialmente, optei em desenvolver a dramaturgia; depois, outros gêneros foram se somando, porém, todos eles, com pensamento profissional. Aliás, sobre esse último termo, gostaria de me estender um pouco.

Na minha cabeça, e no dicionário, profissional se opõe a amador. Explico melhor: profissional é aquele que tem determinada atividade COMO FONTE DE RENDA, ou seja, vive daquilo, do que produz. Em oposição, amador é aquele que exerce determina atividade por prazer (puro diletantismo)  E NÃO POR PROFISSÃO.

Improvisando: a gente sempre dá um jeito

Para tanto, para me profissionalizar, gastei (e tenho gasto) na minha formação acadêmica, assim como na divulgação de meu trabalho. Estou certo de que os amigos mais próximos sabem do meu esforço em realizar o melhor trabalho possível, assim como meu comprometimento naquilo que faço.

Ocorre que, infelizmente, as decepções têm sido uma constante além do retorno econômico estar exaustivamente no vermelho, ou seja, continuo gastando daquele um terço do que ganhava, sacrificando minha vida pessoal, para continuar mantendo minha atividade artística. E continuo não recebendo pelo que produzo ou já produzi. Resultado: cansei.

Não tenho vocação para Kafka, que manteve até o final seu compromisso com a arte, porém, bancado pelo pai, pela quase totalidade do tempo e, quando tentou se libertar economicamente, morreu tuberculoso, trabalhando como garçom em bares de segunda categoria, e ainda teve de ser trazido de volta para casa, pelo tio, a fim de que, pelo menos, tivesse uma morte digna. Sigo a cartilha da  Dercy Gonçalves: dispenso homenagens póstumas.

Túmulo de Franz Kafka (Praga, República Checa)

Vou continuar estudando, me preparando (cada vez melhor) para trabalhos remunerados. Pretendo participar de workshops no exterior (gasto de U$ 4,000) e mestrado também por lá (U$ 12,000 tuition), quem puder me indicar algum mecenas, agradeço. Enquanto isso, deixo com os amigos uma canção antiga, que, quando criança, escutava em um velho disco de 78 rpm na casa do meu avó, que ainda tinha daquelas antigas radiovitrolas (risos). Por aqui, é conhecida por Valsa da Despedida, gravada pelo Francisco Alves em dueto com a Dalva de Oliveira.

http://www.youtube.com/watch?v=nd2o6h-vm6w

O original intitula-se Auld Lang Syne (Farewell Waltz) que foi trilha sonora do filme, ainda em branco e preto, Waterloo Bridge, cuja música, além das belíssimas cenas, pode ser conferida em:

http://www.youtube.com/watch?v=eG3afAIi6IQ&feature=related

E para aqueles que pensam que somente me ligo nessas músicas (e filmes) porque estou ficando velho (o que não deixa de ser  um fato), deixo aqui a versão comemorativa pop-dance de Auld Lang Syne gravada pela  Mariah  Carey.

http://www.youtube.com/watch?v=Aop6YF1Xqqg

A escolha, fica a seu encargo.

sábado, 26 de maio de 2012

Entre o Sonho e a Realidade

Olá, pessoal, tive a oportunidade de estar ontem à noite (sexta-feira, 25/6/12) no novo O Bar Almanaque, o qual se encontra, agora, no Gonzaga, Rua Euclides da Cunha, 97, no mesmo prédio do  Conservatório Gilberto Mendes. O evento que aconteceu por lá foi o lançamento do quarto livro de poesias da Regina Azenha, uma artesã e poeta muito conhecida aqui de Santos e região.


O evento foi deveras agradável, com o som ao vivo de Luiz Cláudio de Santos que, aliás, acaba de lançar CD autoral. Com a assessoria de imprensa de André Azenha (com quem Regina divide o livro anterior Poesia a Quatro Mãos), o evento foi bastante concorrido, com representatividade de vários segmentos culturais daqui da Baixada. Aliás, mérito seja dado: no geral, a imprensa de Santos tem divulgado fartamente os eventos da área cultural, tanto a mídia impressa quanto a televisiva, das quais posto apenas uma das notas aí embaixo. Em breve, a Regina deve divulgar as entrevistas dadas à televisão.

Clique na imagem para ampliar

O livro intitula-se Entre o Sonho e a Realidade, com capa do artista plástico Waldemar Lopes e prefácio de minha autoria. Desde o convite feito por Regina para que eu prefaciasse o livro, fiquei muito lisonjeado, tanto pela amizade de Regina quanto pela sua qualidade poética, por ser autora que põe o coração na ponta da caneta. Então, poder participar  desse momento especial na vida de Regina Azenha, também ao lado de Waldemar Lopes, é motivo de satisfação e orgulho, um desses momentos em que a gente vê o esforço no aprimoramento técnico recompensado.


O livro conta com o apoio dos sites CineZen, Culturamente Santista e, também, de O Bar Almanaque. No lançamento, também da Vídeo Paradiso.

Pessoas de qualquer região do Brasil interessadas em adquirir o livro podem entrar em contato com a autora: www.reginaazenha.com ou via Facebook.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

FALAR - Feira Alternativa de Arte

Olá, amigos, amantes da arte e da literatura. Hoje gostaria de convidar nosso leitor para participar de um  evento gratuito que acontece aqui em Santos, em 19 de maio, sábado, e no qual estarei presente: é o FALAR - Feira Alternativa de Arte.

Clique no cartaz para ampliar

Esse evento comemora os dez anos do CPL - Clube de Poetas do Litoral, fundado e dirigido pela Cláudia Brino, poetisa e agitadora cultural mais do que conhecida, não somente aqui na Baixada Santista, mas cujo nome já transcende (e muito) a nossa região. A Cláudia, além da coordenação do CPL, é poetisa, fotógrafa e ativista cultural. Também é a criadora da Editora Costelas Felinas, além de coeditora da revista lítero-poética Cabeça Ativa.

Ufa... e para quem pensa que isso é tudo, quem não conhece bem a Cláudia Brino, ou seu marido Vieira Vivo, ainda realizam estudos literários, concursos e eventos como esse, que tem o intuito de comemorar os 10 anos do CPL.

Em resumo: na FALAR, vai ter o maior agito. Vão estar presentes mais de 40 artistas de distintos gêneros: poetas, escritores, artistas plásticos, artesões, fotógrafos e músicos. A quase totalidade, expondo e disponibilizando seu trabalho ao visitante, em condições diferenciadas do mercado. É a arte da resistência, daqueles que amam o que fazem e, independentemente das dificuldades existentes, estão aí, produzindo e divulgando seu material.

Do meu lado, estarei expondo três livros: "Contempoemidade - olhares sobre o espaço que nos cerca" (antologia poética); "Bala com Bala" (romance policial) e "Espelhos de Cristal" (contos fantásticos); todos eles disponíveis à venda, com valores abaixo do mercado. Porém, somente neste dia, nesta feira.


E fico contente pela presença de meu amigo Ari Mascarenhas, de Itapecerica da Serra, com quem participo em  "Contempoemidade", antologia por ele organizada, a qual também será por ele exposta neste evento, além de seu livro autoral "Fruto Vermelho", no qual relata sua trajetória poética. O Ari trabalha na Algol Editora e é o editor responsável pelo selo Mirfak, de São Paulo. Sua presença muito nos lisonjeia e enriquece pois, além de editor, também é pós-graduado em Teoria da Literatura e, atualmente, mestrando pela USP nesta mesma área.

Ari Mascarenhas com a poetisa Gabriela Malheiros, lançamento de
"Contempoemidade" na Livraria Cultura de São Paulo (arquivo pessoal)

Bom, como vocês já perceberam, a turma é de pesada, gente da maior qualidade, que pode ser conferida no blog do CPL:


Para maiores detalhes, clique no link aí em cima, lá no cartaz do início (que ele amplia) ou anote os dados aí embaixo:

FALAR - FEIRA ALTERNATIVA DE ARTE
Sábado: 19 de maio de 2012.
Das 15h às 20h.
Rua Padre Visconti, 8
Santos (Embaré) - SP
Ao lado da igreja Santo Antônio do Embaré
Entrada Gratuita

Fico te esperando. É no sábado à tarde, num horário extenso e, com certeza, você irá reencontrar com vários amigos ou, no mínimo, conhecer gente interessante. Haverá apresentações musicais e exposições diversas: aproveite.