sábado, 24 de março de 2012

A importância do erro

Ultimamente tenho pensado muito na questão da importância do erro para o aprendizado humano. Evidentemente que todos aqueles que, por exemplo, façam um bloco de exercícios escolares querem vê-los  acertados e, ao resolvê-los, assim acreditam estar fazendo. Porém, ao se depararem com as respostas erradas, no geral, soltam algum desaforo e, a seguir, retomam a atenção às questões obtidas com êxito.

Ocorre que ao deixarmos passar um erro sem maior avaliação, isto é, sem análise detalhada, perde-se uma excelente oportunidade para o aprendizado. Digo isso porque todo aquele que, ao se deparar com o erro, buscar resposta em sua fonte, aproveita da oportunidade para aprendizado da matéria, amplia sua fixação.


Costumo dizer que "se a mãe do aprendizado é a motivação, o pai é a repetição". O suposto erro indica  falha no aprendizado, "ah, mas foi apenas um branco!". Sim, "brancos" existem, mas são raros, não podemos culpá-los por tudo. O provável de ter ocorrido: quando daquele estudo, baixa  fixação. Ou seja, não houve uma chave de memória eficaz a fim trazê-lo de volta a nível consciente. Depois, tudo o que não se usa com regularidade, acaba mesmo caindo no esquecimento.

Portanto, é importante fazermos esta distinção: saber algo é uma situação; poder resgatá-lo à memória consciente, quando necessário, é outra inteiramente distinta. E, para tanto, para grandes volumes de informação, existem técnicas de memorização, cujo aprendizado não é finalidade deste blog. Porém, importante sabermos de sua existência. Considero o desenvolvimento da memorização como de grande importância dentre as chamadas técnicas de estudo.

Também, o erro é importante para o aprendizado da vida. Já diz o ditado: "Errar é humano, repetir o erro é burrice". Para isso, existe o aprender com os erros, a fim de aperfeiçoarmos nossos passos, evitar que caiamos nas mesmas armadilhas.


Seria bom se, como no teatro, tivemos duas vidas: uma para ensaiar, outra para atuar. Mas não é bem assim que acontece.

Ainda hoje me lembro de um dia em que conversava com meu amigo Ciro Carvalho (e ele não se lembra do fato) e eu falava de como a gente aprende com as dores do mundo, pois eu vivia momentos de fortes tribulações. E ele, pela fé em sua doutrina, explicou-me: também aprendemos pelo amor. Portanto, a partir deste dia, fiquei sabendo: tanto a dor quanto o amor são fontes de aprendizado.

Para quem tem um mínimo de bom-senso, a segunda opção mostra-se muito mais interessante.

Dela, importante é fazermos uso (e axé para todos nós, amigo visitante).


Obs.: Axé é palavra de origem africana e significa boa sorte, felicidades.

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