quinta-feira, 17 de abril de 2014

Bem-vindo a Cuba

Conforme comentei em minha última postagem, sobre as “sutilezas do preconceito”, ando triste e preocupado com a violência que tem se propagado pelo mundo, principalmente em nosso país, a qual se encontra em altos índices e engloba as mais distintas áreas.

Agora há pouco, recebi um e-mail de um amigo pedindo que eu assistisse a um vídeo e tirasse minhas próprias conclusões. Resultado, assisti e não gostei do que vi e ouvi, por isso a postagem.

Não se trata de campanha política (sou apartidário), mas não compreendo muito bem algumas formas de pensamento e fiquei chocado porque, a princípio, tinha um melhor conceito da pessoa em questão, Marilena Chauí, a quem, infelizmente, me cabe discordar radicalmente apesar de respeitar os significativos estudos e o reconhecimento acadêmico que possui em sua área (não compartilhei da maconha marxista uspiana).

Trata-se do ódio que esta declara à classe média. Então, quem não viu, primeiramente, assista ao vídeo e “Acredite se Quiser”.


O que temos aqui expresso vai além de conceito filosófico, ideologia ou seja lá o que for, mas “ódio” e isso nos leva a mais divergência e questionamentos, mais instigação de luta e divisão entre brasileiros. É rancor, sentimento que afasta, que gera confronto, luta armada, violência.

Porém, o que não consigo entender é o tal conceito de “classe média” a que ela se refere, talvez eu seja burro demais e a Marilena inteligente em excesso. Assumo que minhas duas faculdades, uma pós, alguns prêmios literários e muita leitura (tudo por conta própria) nem chega perto do conhecimento adquirido por essa senhora ao longo dos anos de estudo e pesquisa (bancados pelo Estado), além da posição honrosa que ela ocupa dentro do PT. Assumo que mal arranho o grau de conhecimento dessa pessoa.

Para que o conceito de classe média não se transforme em mera figura de retórica cuja definição varie de acordo com o interesse do momento (*), vou me basear numa pesquisa realizada em 2014, do livro “Estratificação Socioeconômica e Consumo no Brasil”, escrito pelos professores Wagner A. Kamakura (Rice University) e José Afonso Mazzon (FEA-USP), a divisão de classe média (em RENDA MÉDIA FAMILIAR) é a seguinte:

Baixa classe média:  R$ 2.674,00
Média classe média: R$ 4.681,00
Alta classe média:    R$ 9.897,00

Quanto à legitimidade dos números, acesse:


Portanto, a Marilena Chauí literalmente odeia todos os brasileiros que tem renda familiar entre R$ 2.674,00 e R$ 9.897,00. Ela somente ama aqueles que ganham abaixo disso (pobre, vulnerável e extremamente pobre) (que somente esses são “trabalhadores”) e ama (mais ainda) os que ganham acima disso (baixa classe alta e alta classe alta).

Se você assistiu ao vídeo, todos ali na mesa são classe alta (renda familiar acima dos R$ 9.897,00) e muito me admira um ex-presidente do país ainda aplaudir uma declaração dessas. E, ao fundo, um cartaz “pós-neoliberais do Brasil: Lula e Dilma”. Honestamente, é chocante.

Portanto, segundo esse pensamento, de acordo com a política do PT, vamos ter nos próximos anos de governo (caso a Dilma se reeleja) a seguinte estratificação social: trabalhadores (com RENDA FAMILIAR abaixo de R$ 2.674,00) e pertencentes ao partido (que aí sim, ganharão mais de R$ 9.987,00). Em minha opinião, existe a tendência de se instalar uma ditadura de esquerda no país. Vide o link abaixo:


Portanto, caso sua renda familiar esteja acima de R$ 2.674,00 comece desde já a se esforçar para trabalhar e ganhar menos, reduza seus esforços para melhorar de vida (seja apenas UM TRABALHADOR), e comece a pedir auxílio financeiro ao governo ou, melhor, filie-se ao partido que, assim, poderá melhorar a sua renda. E se tiver um segundo imóvel, venda logo antes que dele se apropriem.

Seja bem-vindo, amigo, a Cuba ou, se preferir, à neo-Venezuela.


(*) Uma amiga petista, que tinha patrimônio e renda maior do que a minha, se considerava do proletariado e eu da "elite", apenas porque eu não votava na hipócrita da candidata dela e morava "perto da praia" (e ela tinha carro zero enquanto eu andava de ônibus). Outra petista, que tinha inclusive uma pequena empresa, de acordo com sua conveniência, me considerou "fascista higienizador" porque a contestei dizendo não querer drogado-cachaceiro flanelinha acharcando quem estaciona em via pública tampouco fazendo suas necessidades em vias públicas, junto à porta de minha casa. Segundo ela, eles tem o direito de ficar onde quiserem; acharcar quem quiserem; beber e fumar o que quiserem, assim como cagarem na porta de quem quiserem. Viva o Brasil...

Em tempo: fico feliz que não somente eu, mas outras pessoas, inclusive programas de tevê, como da Cultura, questionaram seriamente o equívoco histórico dessa senhora.

2 comentários:

  1. A cubanização do país, infelizmente, vai de vento em popa. Os canalhas que estão nos levando a isso chegaram ao poder usando descaradamente a democracia para acabar com ela. E pior, com a conivência da maior parte da população, completamente despraparada e vitimada por uma bem orquestrada trama de desinformação, principalmente por parte da imprensa. A grande maioria dos veículos de comunicação, com raras e honrosas exceções, endeusa os nojentos que hoje formam os principais escalões do governo e as suas ações aparentemente destrambelhadas que, no fundo, tem um propósito claro para alguns, porém completamente oculto para grande parte dos cidadãos.
    Esta imprensa vendida escondeu durante anos a organização espúria conhecida como Foro de São Paulo, criada pelo Lula, Fidel e os narcoterroristas das FARC, que tem como objetivo dominar com governos comunistas toda a América do Sul.
    Grande abraço, meu amigo e irmão.

    ResponderExcluir
  2. Valeu, Jair, nós que nos ferramos tanto em um período de Ditadura e sonhamos ter um Brasil melhor e, veja só, deu no que deu... Abraço.

    ResponderExcluir