terça-feira, 20 de agosto de 2013

O Rio de Janeiro e a Ilha da Fantasia

Olá, amigos, hoje a postagem vai ser curta e grossa.

Vi no noticiário de hoje que foi implantado pela  prefeitura do Rio de Janeiro o programa Lixo Zero, que aplicará multas de R$ 157,00 a R$ 3.000,00 a quem estiver jogando lixo na rua, independentemente do que seja, todo o "latão", uma bituca ou um papel de bala.


Eu sou sempre a favor de educação de trânsito, dos procedimentos de urbanidade para se viver nessas grandes metrópoles, porém, mais uma vez, quem vai ser penalizado será apenas o cidadão pacífico, com documento que, ao ser abordado por um agente da Companhia de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb) se identificar e, pacificamente, permitir que seja lavrado um auto.

E, caso não haja pagamento: dívida ativa, ou seja, haverá cobrança judicial, sujeito a humilhação, bloqueio de conta, penhora etc.


Então, eu pergunto: E TODOS OS ATOS DE VANDALISMO QUE ESTÃO OCORRENDO NO RIO DE JANEIRO SEM PUNIÇÃO?

E todo o patrimônio público e privado que está sendo depredado?


Mais uma vez, vou pingar meu colírio alucinógeno porque ou eu estou necessitando tratamento OU OS GOVERNANTES DESTE PAÍS CONTINUAM VIVENDO NA ILHA DA FANTASIA.


É assim que vai ficar o Rio a partir de agora (20/08/13) com o tal Lixo Zero, tudo limpo e esterilizado.

Era só isso mesmo pra hoje. Abraço aos amigos.

domingo, 26 de maio de 2013

Landscape Predator 20 TriEfx

Ocorre o seguinte, quando sou mal atendido, boto a boca no mundo, como fiz recentemente com a fábrica de instrumentos Walczak (caso na Justiça Estadual); então, nada mais justo, quando me agrado de uma empresa, ou de um produto, de ser fiel a meus princípios e falar bem deles.

Ando estudando um pouco de escalas pentatônicas e, para tanto, comecei a usar as minhas guitarras. Como moro em apartamento, precisava de um amplificador que, para meus interesses, reunisse as seguintes características: a) fosse pequeno, voltado para estudos; b) tivesse saída para fone de ouvido e, principalmente; c) fosse bivolt; pois moro em Santos e a voltagem é 220V, todavia, é comum eu ir para São Paulo ou lugares com voltagem 110V. E nada desse negócio de ligar guitarra em computador para simular amplificador, gosto mesmo é de plug, botão etc., a música mais próxima do real mesmo.

Resumindo, depois de muita pesquisa e tendo de descartar a quase totalidade dos importados (pela voltagem ser apenas 110V) acabei optando por um amplificador nacional, da Landscape, e comprando em um das minhas lojas prediletas pela internet: a Playtech.

Bom, depois de muita pesquisa (quem me conhece sabe como sou chato, já fui comprador do varejo), optei pelo amplificador citado e com o ótimo atendimento e, neste caso, as boas condições da Playtech.


Disparado, o melhor custo-benefício do mercado nessa faixa de produto. Aparelho bem acabado; 20W; segura ensaios e até aquelas apresentações em lugares pequenos; saída para fone de ouvido; bivolt e som muito limpo, muito "clean" mesmo, do jeito que eu gosto. E, para agregar ainda mais valor, vem com o TriEfx, ou seja, com os efeitos de um dos pedais que a fábrica produz: distorção, chorus e delay.

Na realidade, era tudo o que eu precisava, e ainda um pouco mais: os efeitos. Eu não uso distorção, é muito raro, porém, pesquisei comentários pela internet e os roqueiros de plantão falaram muito bem da distorção do aparelho.

Contudo, de fato escrevo esse artigo pelo seguinte: o aparelho vem com pedal de footswitch para a distorção e, no produto, a Landscape incluiu uma fita de velcro na parte traseira do amplificador, onde ele vem armazenado e, também, você pode usá-la para guardar ou transportar o footswitch. Ocorre que, por um descuido de quem o travou junto à caixa, ou por um desses fortes solavancos das ruas do nosso Brasil varonil, o pedal escapou durante o transporte, e, como é de metal, chegou grudado junto ao imã do falante, e deu uma ralada bem na etiqueta frontal do footswitch. Vejam a parte de trás do aparelho:


Aí entra algo que quando dava treinamento para equipes de vendas eu sempre me batia: VOCÊ CONHECE UMA EMPRESA NÃO NO MOMENTO DA COMPRA, MAS QUANDO APARECE UM PROBLEMA. É aí que você efetivamente ganha ou perde o cliente.

Enviei e-mail para a Landscape pedindo a etiqueta. Deram retorno imediato quanto à minha mensagem e que esta seria passada ao setor responsável. Para minha surpresa, em cerca de três dias, recebi pelos Correios a etiqueta nova do pedal e, junto da embalagem, um camiseta da Lanscape feita com ótimo tecido, ou seja, uma camiseta decente, como a marca busca se posicionar no mercado.

Então é o seguinte: sei que é difícil agradar gregos e troianos e, decerto, alguém pode até entrar aqui nos comentários e falar mal da marca, que teve esse ou outro problema, porém, para mim, COMPREI, ADOREI O PRODUTO E A SERIEDADE DA EMPRESA, portanto, recomendo.

Pelo que se percebe, é empresa que está buscando qualidade e eficiência, e isso eu admiro muito. Penso que as fábricas nacionais de guitarras também deveriam seguir o mesmo exemplo: ter um olho aqui e outro olho lá fora, ou seja, no câmbio que está o dólar e com os altos impostos de importação, será mesmo que não dá para produzir aqui no país produtos de qualidade e com bom custo-benefício?

A Landscape Áudio, pelo que pude avaliar, está respondendo que sim quanto aos amplificadores. Quem quiser ver os vídeos desse produto, a seguir, deixo o link:


Parabéns ao fabricante e à Playtech, lembrando de que não tenho vínculo comercial com nenhum deles, sou apenas um daqueles consumidores chatos que critica quando querem lhe fazer de bobo e que elogia quando acredita que merecem.

É isso aí, até a próxima postagem, e prometo que assim que der falo de compras de instrumentos musicais pela internet, as oportunidades e os riscos, assim como as lojas com quem tive boas experiências, assim como aquelas que buscam induzir o consumidor ao erro.



sábado, 6 de abril de 2013

Patrick Dimon no Quintal Brasil (Santana / São Paulo)

Olá, amigos, faço uma postagem hoje para falar sobre um evento que, acredito, será bastante agradável.

Trata-se da apresentação única do cantor internacional Patrick Dimon, que é grego e radicado no Brasil, que acontecerá no Quintal Brasil, um bar-restaurante de primeira linha em Santana, no dia 26/04/13 (sexta-feira), a partir das 20h da noite.


O ambiente é aconchegante, cerca de 100 lugares, muito bem decorado, e a casa se caracteriza por trazer música ao vivo de qualidade, daquelas mais das antigas, para a Zona Norte de São Paulo, a fim de que se possa desfrutar de um clima romântico e descontraído.

O Patrick Dimon é natural da ilha de Samos (Grécia) e canta em seis idiomas (grego, espanhol, italiano, francês, inglês e português), tendo se apresentado e feito sucesso em diversos países ao longo de sua carreira. Sua carreira se divide entre Brasil, Europa e América Latina. Por estas bandas, ficou muito conhecido pela música romântica "Pigeon Without a Dove", que foi trilha sonora da novela da Globo "Pai Herói", tendo significativa vendagem de discos. Resumindo: é mais do que um cantor, é um showman de nível internacional tendo se apresentado nos melhores ambientes ao redor do mundo.


Aos amigos que desejarem ir, indico aí embaixo o site da casa, o convite individual está com o valor de R$ 80,00 e inclui um jantar com entrada, um prato quente (frango, peixe ou filé mignon) e acompanhamento. Bebidas à parte. A música ao vivo começa às 20h e o Patrick se apresenta um pouco mais tarde. Para quem quiser dar uma esticada, a casa fica aberta até a uma da madrugada.


As reservas podem ser feitas por telefone, com o Sr. Coelho, basta acessar o site e verificar os dados da casa.

Acho que é isso: boa música, boa comida, bom vinho, ambiente acolhedor... Uma ótima oportunidade para fazer a média com a pessoa amada (ou procurar por uma) e, para quem ainda não o conhece pessoalmente, falar com o Patrick, que é uma pessoa agradável e extremamente solícita.

Abraço aos amigos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Grandes eventos, grandes tragédias

Hoje vou meter a mão em cumbuca alheia, falar de assuntos que não são do meu domínio profissional, porém, que tem me levado, assim como a número considerável de brasileiros (acredito), à preocupante questão da segurança em grandes eventos, os quais tanto eu, você, quanto nossos familiares e amigos frequentam.

Tudo começou com minha ida para São Paulo a fim de passar o carnaval em casa de minha namorada. Apesar de não ser apreciador dos desfiles do Rio, o que não via há anos, como ela gosta, ficamos os dois assistindo, na madrugada, até que o sono me dominasse, lá por volta das 1h30.

O que mais me impressionou, de diferente, foi o tamanho assustador que tomaram os carros alegóricos. Distante do carnaval há um certo tempo, fiquei surpreso com a extensão, altura e largura dos carros alegóricos o que acarreta, em opinião de leigo, até prejuízo para o sambista de avenida, porém, tudo hoje é competição e as escolas optam pelo que pode "trazer mais pontos". Aliás, faz tempo que as escolas viraram grandes negócios, espetáculos televisivos.


Porém, pelo pouco a que assisti, presenciei início de incêndio em dois carros alegóricos, uma pessoa que desmaiou em um deles e bombeiros que tiveram de resgatar, carros que se chocaram com árvores, postes e passarelas, além de dois destaques que caíram de seu veículo, um antes do início e outro na dispersão, pelo que entendi.

Quem tiver curiosidade, acesse os links aí embaixo:

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/carnaval/2013/noticia/2013/02/unidos-da-tijuca-enfrenta-problemas-durante-desfile-na-sapucai.html

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/carnaval/2013/noticia/2013/02/destaque-tem-contusao-no-joelho-apos-cair-de-alegoria-da-portela.html



Fiquei com a certeza de que assistia a um espetáculo que, a qualquer momento, poderia se converter em tragédia. E pior, logo pela terça de manhã, fui avisado de que quatro pessoas morreram e seis ficaram feridas em carro alegórico ao tocar fios de alta tensão, havendo descarga elétrica e incêndio neste carro. Ainda por cima, na cidade onde moro: Santos.


Recentemente, foi adiado, e em muito esvaziado, o lançamento do evento 500 Dias da Copa devido a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, cujas datas praticamente coincidiam. E quando lançam o evento, passado um ou dois dias, a avalanche gremista derruba o alambrado da nova Arena Grêmio e, por pouco, não causa nova tragédia no Rio Grande do Sul (isso porque o clube deixou a geral já "apropriada" para a tal avalanche).


Poderia postar aqui mais uma série de fatos inexplicáveis, como os problemas na reinauguração do Mineirão etc., porém, creio que o incêndio da boate Kiss e o absurdo número de mortos, a maioria jovens universitários, deixa claro que não dá mais para existir o "jeitinho brasileiro" em questões de segurança. Vide a quantidade de estabelecimentos noturnos que foram interditados após o incêndio na boate Kiss, e isso apenas porque, devido à comoção nacional, houve efetiva fiscalização (e não quebra-galho, jeitinho).

Iria colocar uma foto com os corpos carbonizados, contudo, como eu mesmo achei-a por demais mórbida, posto apenas a foto do local após o incêndio, onde ocorreu a morte de 239 pessoas (até o momento), e cada um imagina o inferno em vida que foi aquilo.

Clique para ampliar

Próximo de Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas, pergunto: ESTAMOS REALMENTE PREPARADOS EM QUESTÃO DE SEGURANÇA PARA GRANDES EVENTOS? Ou continuarão a prevalecer os interesses econômicos de uma minoria, colocando nossas vidas em risco?

Deixo a questão em aberto para quem souber, ou puder, responder. E espero não seja esta uma postagem visionária.


domingo, 30 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo

Estamos próximos de mais um ano: algo se finaliza, algo se inicia.

Para a minha surpresa, o mundo não acabou, nem em 12/12/12 tampouco em 21/12/12. As profecias e os calendários maias erraram, a menos que o mundo acabe entre este domingo à tarde e a noite de terça-feira (o que não acredito mais que aconteça).


Todo final de ano é época de reflexão, quando costumamos avaliar quais dos nossos projetos foram efetivamente realizados e quais deixamos de lado ou, se preferir, quais morreram ou quais foram postergados no meio do caminho.

Poderia fazer uma retrospectiva de 2012, porém, assisti a feita pelo Globo e o amigo do blog que tiver interesse, acredito, ganha mais buscando o programa pelo YouTube.

Porém, como meu blog tem um caráter pessoal (afinal está em meu próprio nome) decidi escrever alguns pensamentos que me permearam à mente em minha reflexão de final de ano. 

Óbvio que num tudo pode ser revelado, porém, aqui vão os tópicos mais importantes, na ordem em que aconteceram.

Primeiro, descobri que o Facebook é muito chato. Também, que as pessoas estão mostrando cada vez mais sua vida particular como fosse pública, ou seja, em outras palavras, mudou-se o conceito de tínhamos daquilo que é particular ou público. E isso muda muito a relação que tínhamos com o mundo, pelo menos nós, os mais antigos, que já passaram da faixa dos 50.


Continuo apaixonado pela mesma mulher, continuamos nos amando e nos apoiando. Como funciona? Construa uma história de vida e um amor que seja incondicional (o que é deveras difícil nos dias de hoje). Quem quiser saber mais sobre o amor, leia neste mesmo blog o artigo Sobre o Amor e o Amar.

Grandes perdas exigem grandes lutos. Foi e está sendo o caso com a literatura. Mais de doze anos de fortes estudos, três anos de escrita para um único livro e, literalmente, jogados na lata do lixo. Quem ler (ou conseguir ler) em Bala com Bala, no primeiro parágrafo da página 161 (cuja numeração dos capítulos foi tirada pela editora), temos “Tudo o que me interessa é a literatura”. Daí, pode-se ver o tamanho da perda, e o meu afastamento do meio artístico em geral. 


Mas isso já gerou outro artigo no blog: “Auld Lang Syne” ou, se preferir “Farewell Waltz”, que foi, com certeza, o artigo mais doído do ano de se escrever.

Como curiosidade (e é verdadeiro), ainda não consegui ler meu romance na publicação da editora. Tentei por cinco vezes e desisti, é impossível a leitura, pior do que a de um desses livrinhos da Sabrina, muito pior. Sem contar outros problemas (deixa quieto).

Continuo de luto, me recuperando. Abandonei meu segundo romance, que se chamaria Entre homens e anjos.

Ainda nesta semana, fechei minha programação para 2013 e muito do que está a ser feito partiu de conversas descontraídas na noite de Natal e no dia seguinte, na cozinha de minha namorada, com pessoas extremamente inteligentes. E aqui deixo como reflexão para os poucos que, certamente, irão fuçar esta postagem no meu blog.


Por questões emocionais, não se agarre àquilo que está dando errado. É difícil saber o ponto, mas tentar salvar alguém (ou algo) que se afoga é alto risco, pois provavelmente irá se afogar junto.

Tente, invente, faça um 2013 diferente (aproveitando o antigo mote da Globo). Renovação é importante ou, em outras palavras, não seja ou não aceite águas estagnadas em sua vida. Minha musa nesse sentido foi a amiga Leila, que deu uma virada de mesa total, inclusive, mudando-se de Santos para Belo Horizonte. Em busca de renovação, oportunidades. Parabéns, Leila, pela coragem.

Pessoas vitoriosas são extremamente dedicadas a seu trabalho. Não tem jeito: do couro sai a correia. Harmonia é importante, condição econômica boa para a família é importante, não se deve ter “vergonha” de buscar melhoras econômicas em sua vida. É legítimo e justo (inclusive rendimento com a Arte).

Origami + Dinheiro = MoneyGami

Cada um de nós faz escolhas. O resultado será o esperado? Provavelmente não, porém, se serão bons ou ruins é difícil dizer, somente se saberá “fazendo”. 

Faça e entregue ao Universo, que se encarrega do resultado. Quando algo vai deslanchar, geralmente dá sinais logo de início, portanto, não se prenda excessivamente ao passado e a fatores emocionais. Mais uma vez, não seja água estagnada. Não deu certo: mude.

Família é importante, ética é importante, amizades são importantes.

Portanto, obrigado 2012; porém, que seja bem-vindo o ano novo. A todos os amigos (ainda que eu ausente): saúde, paz e prosperidade.

Até os maias erraram em suas previsões. Portanto, finalizo com a palavra de ordem: RENOVE, construa um mundo diferente.


Receba o ano novo de braços abertos.

Seja bem-vindo, 2013.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Walczak vende, mas não entrega

Há alguns anos, encontrei um instrumento aqui numa das lojas de Santos que me agradou bastante. Tratava-se de um violão maciço como um corpo de guitarra e com cordas de nylon: o violão Discovery, da Walczak. Conhecia um similar, feito por luthier americano, porém, não sabia que alguém por aqui o fabricasse. Apenas não fechei a compra de imediato porque desconhecia a marca e optei em conhecer um pouco mais do fabricante, e o fiz pela internet.


Na época, pelo que me recordo, o site era bastante básico, sem muitos atrativos e, em fóruns voltados para discussões de música, havia sérias restrições quanto a uma outra marca que, segundo entendi, deu origem à Walczak, e os problemas, pelo que comentavam, concentravam-se mais na parte administrativa do que na parte técnica, ou seja, os instrumentos eram bem construídos, mas todo o restante que envolvia o administrativo e pós-venda (como assistência técnica, por exemplo) era um caos.

Àquela época, optei em arriscar, pois somente havia como original o modelo importado de luthier. Porém, quando retornei à loja, cerca de uma semana depois, cadê o produto? Falei com o vendedor e ele, discretamente, comentou que a marca estava dando problema e optaram em não mais vender produtos daquele fabricante. Realmente, nunca mais encontrei Walczak nessa loja.

Em setembro deste ano, fuçando nos sites de fabricantes de guitarra, eis que encontro um excelente site da Walczak, de fácil navegação, boas fotos e, para minha surpresa, COM VENDA DIRETA AO CONSUMIDOR e, acima de tudo, opções de produtos em Custom Shop. Depois de bem avaliar, motivado pelos vídeos do Sr. Leandro Walczak, optei em comprar primeiro o tal  Discovery (normal, de linha) e, acabando de pagar esse, fazer uma GT-500 (Telecaster) customizada, cujo projeto encontra-se pronto e arquivado.

Leandro Walczak, o dono da marca

Fechei o pedido por e-mail e confirmei por telefonema do Sr. Alessandro, de vendas. Pensava em pagar á vista, porém, por sorte, optei em fazê-lo em seis vezes, pois o que seria uma alegria está se tornando um pesadelo. Conforme orientado pela Viviane do financeiro, fiz o depósito da primeira parcela dia 17/10/12 e recebi um Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (DANFE) confirmando minha compra nesta mesma data.

O pessoal de vendas havia me informado, e consta em e-mail, de que a entrega que seria em 18 dias úteis, porém, poderiam demorar uns dias a mais, pois estavam com problemas de liberação de componentes importados. Comentei que estaria de férias de 05 a 14/11 e poderiam deixar a entregar programada entre essas datas, que, em vez de transportadora, eu mesmo pegaria o instrumento junto à fábrica. Nesse ínterim, deram uma posição que teriam  liberados os componentes e que aguardasse posição de entrega.

Para encurtar a história: hoje é 20/12/12, ou seja, mais de 60 dias do pedido feito, 52% do valor pago e NADA DO MEU VIOLÃO. Telefono, pedem para deixar recado, anotam o número do meu telefone e não retornam. A equipe de vendas? Sumiu. Não respondem e-mail e, pior, quase nem atendem o telefone  porque, com certeza, não sou o único a ligar reclamando.

E ainda jogam o rojão para uma moça que, segundo ela, "é responsável pelas entregas", me disse QUE SOMENTE VÃO ME ENTREGAR O VIOLÃO EM JANEIRO, ou seja, com 90 dias de pedido e 68% do produto pago (e será mesmo que vão entregar?).


O mais irônico é que, segundo a Sra. Viviane, do financeiro, os títulos "são negociados com empresas que fazem parte do nosso grupo" e o boleto de cobrança em nome de Leon Goldberg (factoring puro) avisa para "PROTESTAR APÓS 05 DIAS ÚTEIS DO VENCIMENTO", além de multa e juros. Outras empresas, como a Cássia Confecções Ltda - ME, também fazem parte do grupo.

Honestamente, nem mais sei se quero o tal Discovery, porém, cancelar a venda significa não ver meu dinheiro de volta e ter problemas com o Sr. Leon Goldberg com quem, juro por tudo o que é sagrado, não negociei nada. Já vivi outra situação similar no passado, com uma fabricante de móveis em São Caetano, e que acabou na Justiça, o que acredito será o destino da minha aventura Walczak, porque não acredito nem mais que vão me entregar o produto, a confiança no fabricante agora é zero.

Em suma: estão vendendo, fazendo factoring, ou seja, negociando os títulos dos consumidores otários e tentando "empurrar as entregas com a barriga", o que é um alto risco de administração.

Portanto, vai aí meu alerta para o consumidor que pesquisa produtos e fabricantes pela internet: fiquem espertos com as compras diretas pelo site Walczak: as coisas por lá, continuam como eram antes, quando ainda outra marca (pelo que li nos fóruns).

E, no site, uma beleza, continuam vendendo normalmente. Aumentaram os prazos e os preços e... factoring no consumidor. Que vão descontar seu título, com certeza; que vão te entregar (?)... bom, isso já é outra história.



terça-feira, 20 de novembro de 2012

14ª Viola nas Montanhas

Estive neste mês de novembro visitando uma simpática figura lá em São Francisco Xavier (cerca de 50km de São José dos Campos): o Braz da Viola, que me recebeu com sua cordialidade interiorana.


Quem tem algum contato com a verdadeira música de raiz, provavelmente conhece o Braz, pois ele tem uma longa história musical, com gravações de discos solo, grupos instrumentais, montagem de orquestras de violas, farto material didático, apresentações várias, enfim, uma vida dedicada à verdadeira música caipira.

Mais o assunto hoje é mais o encontro que o Braz realiza anualmente lá em SFX, o Viola nas Montanhas, que já se encontra em sua décima quarta edição.

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Este curso de férias, que dura uma semana, é limitado a 20 pessoas, atende violeiros de todos os níveis, pois existe distribuição em grupos e explicação bem detalhada, com a didática que o Braz desenvolveu ao longo de todos esses anos. Aliás, quem tiver interesse em material de estudo da viola, consulte o site do Braz, além dos livros normais pelas editoras, o violeiro tem publicações independentes, assim como DVDs, que podem ser adquiridos diretamente com ele (www.brazdaviola.com.br).


Em toda edição do curso existe um violeiro convidado que ensaia com o grupo algumas canções e, quando do encerramento do curso, acontece uma apresentação em algum lugar de destaque da cidade.

Neste ano, as inscrições para a primeira turma (13ª) esgotaram-se rapidamente e, devido à insistência de quem não conseguiu inscrição, o Braz acabou conseguindo organizar uma segunda turma. Aviso: vem violeiro do Brasil inteiro.

O evento, além de um curso, acaba se transformando em um congraçamento da música de raiz. Pelo que me foi explicado pelos donos da Pousada, é viola dia e noite. Após as aulas, as turmas se reúnem ao ar livre, espalham pelo amplo espaço da pousada e "tome" viola e cantoria. Tem um pessoal constante que já formou fortes laços de amizade, e o pessoal novo é sempre bem recebido.


Outra vantagem, que eu achei, é que o violeiro que quiser trazer a família, também pode. Enquanto o violeiro fica nos eventos de aprendizado, a família se diverte na aprazível Pousada São Francisco, que é simples, porém, muito bem organizada e com uma comida que dificilmente o hóspede terá do que reclamar.

Igualmente, a região é pródiga em rios e cachoeiras, havendo um desses riachos que corta a pousada a poucos metros dos chalés, onde se dorme escutando o quebrar das águas nas pedras e se acorda com o cantar dos passarinhos. Para quem gosta de interior, excelente pedida. E melhor, a Pousada se localiza ao lado da principal praça da cidade, portanto, bem no centro de SFX.

O valor do Viola nas Montanhas é bastante acessível por tudo o que oferece ficando claro que o principal objetivo não é o lucro, mas a divulgação da música feita e tocada com viola.

Edição com homenagem à convidada Inezita Barroso

Para quem gosta de tocar viola, e da vida interiorana, uma ótima pedia. Consulte o site do Braz, mas, se tiver interesse, não demore, pois o evento acontece agora em janeiro e, como ocorreu com a primeira turma, deve lotar também a segunda (e última) deste início de ano.

Aos amigos músicos, lembro que o Braz da Viola também é luthier e constrói violas de qualidade, para todos os gostos. Quem tiver interesse em conhecer, dê uma passada no site.

Finalizo deixando uma abraço ao Braz e ao Fred e Viviane, donos da Pousada São Francisco, que me receberam tão cordialmente. E para quem tem animal, a pousada não se incomoda em receber seu(s) cachorro(s).